Língua Portuguesa e EJA

A práxis do professor com a lingua(gem) na EJA




De posse desse saber, o professor(a) deve planejar estratégias e situações para que os alfabetizandos experimentem e ampliem suas maneiras de expressão oral individual e coletiva. Recomendou-se que seja oferecido aos alunos um fato do cotidiano como tema para ser discutido em pequenos grupos, em seguida, formam-se um grande grupo com o qual o professor interageria ouvindo e reelaborando os discursos e argumentos, bem como fazendo anotações de palavras e expressões que viessem a fugir do “padrão”.
Dessa forma, no que diz respeito à produção oral dos alunos da EJA, a função do professor(a) é mais incentivá-los à produção discursiva, desinibindo-os com comentários positivos sobre sua fala. Em outras palavras, orientar é a questão chave neste processo, visto que estes aprendizes já são usuários da vertente oral da linguagem e, certamente, têm suas formas de falar culturalmente concretizadas.
Em outras palavras, na cultura de tradição oral como a nossa, mesmo depois de termos conhecido as letras e sido alfabetizados, continuamos a usar a linguagem oral para realizar a maior parte dos nossos atos comunicativos, e também aprender nas conversas com nossos iguais. Portanto, a escola, sobretudo, na modalidade da EJA o professor deve estar atento isso e criar situações comunicativas em que os educandos exponham e reconheçam aquilo que já sabe sobre a sua língua.
A sociedade atual é de escrita – letrada – que tem como representante institucional a escola, que ver o ensino-aprendizagem da língua na perspectiva da escrita, alfabetização. Entretanto, aqueles que não foram a tal instituição têm conhecimentos mesmo que limitado da escrita, inclusive reconhecem algumas letras e fazem seu nome. Além disso, por meio da percepção visual, verbal e sonora aprenderam a identificar e ler placas escritas, preencher formulários, manusear listas de compras, anotar preços de mercadorias e, até lidar com “receitas médicas.”
Conforme já citado antes, a escola e o professor que se propõem alfabetizar jovens e adultos precisam lidar com essa questão e, portanto, construir um planejamento que insira o estudante no universo textual, ou seja, crer-se que em virtude da exposição ao material escrito variado, os aprendizes reconheçam aquilo que já sabe da e sobre a escrita e, em seguida, exponham seus pensamentos através da organização desse material por meio do registro escrito.
Dessa forma, é fundamental que o professor alfabetizador faça atividades em que os alunos sintam-se a vontade com o material escrito. Exemplo, leituras dirigidas de cordel, contos, notícias, etc. Pede-se aos aprendentes que recortem letras (tamanhos variados) e palavras de diferentes formados e, em seguida, montem textos com estas palavras a partir de tema apresentado ao grupo pelo professor.
O nosso sistema de escrita é alfabético e, no processo de aprendizagem, os alunos devem estabelecer as relações existentes entre os sons da fala e as letras. Assim sendo, o professor informa aos alunos a importância da escrita, dizendo que, ao registrar um pensamento por meio da escrita, ele perdurará no tempo atravessando grandes distâncias, por isso ela [escrita] tem que obedecer a certas regras e organização.
Para dominar esta questão, o professor conscientizárá seus alunos de que o funcionamento da escrita se dá através do conhecimento de letras e palavras, pois estas são signos que nosso sistema de representação usa. Além disso, é importante que o estudante passa a conhecer as relações entre as letras e os sons da fala, isto é, para cada fonema – som – temos uma representação gráfica (é por isso que nosso sistema de representação escrita é chamado de alfabético).
Uma mesma palavra pode ser pronunciada de várias formas, mas deve ter uma única grafia. Ex. “Muito” pode ser Muintu; muinto., muncho, munto ou outras dependendo de quem a pronúncia. Porém a escrita é uma só. Enfim para que os alunos leiam e escrevam com autonomia, precisam familiarizar-se com a diversidade de textos existentes na sociedade em vivem.
Referências.
BURKE, Peter. Historia social da linguagem. São Paulo. UNESP, 2000.
BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Educação em língua materna: a sociolingüística na sala de aula. São Paulo, Parábola Editorial, 2004.
SEBER, Maria Glória da. A escrita infantil:o caminhos da construção. São Paulo, Scipione, 1997.
2a. Atividade:


Criem um exemplo de atividade prática a ser utilizada em sala de aula, onde o trabalho é acessível a alunos da EJA.
ASSUNTO:
ATIVIDADE:

JUSTIFICATIVA: (pequeno parágrafo, embasado na leitura proposta)
DURAÇÃO: (tempo estimado)
ALUNOS: (faixa etária,  série, tipo de necessidades... o que acharem conveniente explicar)
OBJETIVO: (o que aprendizagem espera alcançar)
DESENVOLVIMENTO: (forma de realização, passos)
AVALIAÇÃO: (forma de verificação da aprendizagem)

Um comentário:

  1. LINGUAGEM E EJA

    Discentes: Gicélia Gonçalves
    Jaisse Mendes
    Francisca Silva
    Nivercina de Souza
    Maurelice de Freitas
    Juliana Dourado

    Assunto: Cordel

    Atividade: Desenvolver um cordel em sala de aula

    Justificativa: Trabalhar com uma linguagem mais próxima do aluno de EJA, desenvolvendo sua escrita e refletir sobre sua oralidade.

    Aluno: Acima de 18 anos

    Duração: Quatro encontros

    Objetivo: Analisar e refletir o uso da linguagem oral e da norma padrão escrita.

    Desenvolvimento:
    1º Apresentação sobre o assunto
    2º- Desenvolvimento da atividade
    3º- Socialização
    4º- Avaliação

    Avaliação: Analisar através de texto escrito onde o aluno demonstre suas habilidades com a língua oral e padrão.

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